20 Apr 2019 10:40
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<p>São sete da manhã e um piá de dezoito anos liga o computador em sua casa em Vitória, no Espírito Santo, e apresenta começo à tua rotina de serviço. Atualiza o status de um dos perfis que mantém no Facebook: "Alguém tem um video para orientar?", pergunta. Abre outro perfil pela mesma rede.</p>
<p>Um terceiro perfil: "Estou com muita fome". Ele intercala esses textos com outros em que apoia políticos brasileiros. 1,2 1000 por mês. Eram, segundo diz, perfis falsos com imagens roubadas, nomes e cotidianos inventados. A reportagem entrevistou 4 pessoas que dizem ser ex-funcionários da empresa, reuniu vasto utensílio com o histórico da atividade online de mais de cem supostos fakes e identificou treze políticos que teriam se beneficiado da atividade. Não há evidências de que os políticos soubessem que perfis falsos estavam sendo usados.</p>
<p>Com assistência de especialistas, a BBC Brasil identificou como os perfis se interligavam e seus padrões característicos de posicionamento. Divisão desses perfis neste momento vinha sendo pesquisada pelo Labic (Laboratório de Estudos sobre o assunto Imagem e Cibercultura) da Instituição Federal do Espírito Santo, coordenado pelo pesquisador Fábio Malini. Exploram o chamado "modo de manada". Philip Howard, professor do Instituto de Web da Oxford, vê os ciborgues como "um perigo pra democracia". A princípio, a BBC Brasil entrou em contato com Trevisan por telefone.</p>

<p>Ele negou que tua corporação crie perfis falsos. Trevisan, cujo perfil pessoal no Twitter carrega a especificação "Brasil, Pátria do Drible", tem quase um milhão de seguidores. Ele obteve projeção com sua página Lei Seca RJ, desenvolvida em 2009. Seguida por 1,dois milhão de usuários, ela alerta motoristas para locais de blitze no Rio.</p>
<p>Um ex-funcionário citou ter sido contratado precisamente achando que trabalharia administrando o Twitter do Lei Seca RJ. No momento em que descobriu, conta, passou a ocultar de amigos e familiares o que fazia. Hoje, diz, tem medo de apresentar, em razão de trabalhou "para gente muito primordial" e teria assinado um contrato de sigilo com a empresa.</p>
<p>A atuação era variada. Pra Aécio, perfis supostamente falsos publicaram, a título de exemplo, mensagens elogiosas ao candidato durante debate com Dilma Rousseff (PT) na campanha de 2014: "Aécio é o mais bem preparado". Guia De Marketing Para as Redes sociais Mais Usadas . Foi apoiada por usuários como "Patrick Santino", que utiliza a imagem de um ator grego no perfil. Neste momento a respeito Eunício, divulgaram voto ao longo das eleições: "Irei com 15. Sucesso Nos Negócios: Planejamento é Fundamental O Dia propostas". Não há evidências de que os políticos soubessem que o emprego de perfis falsos fazia cota de um serviço de consultoria em redes sociais (encontre ao encerramento dessa reportagem a resposta completa de cada um).</p>
<p>Os funcionários, segundo os relatos, ficavam em diferentes Estados do nação, trabalhando de moradia e monitorados por Skype. Quando se levantava pra comparecer ao banheiro, conta um deles, era preciso explicar sua inexistência pelo Skype a um coordenador. Jovens e pela maior parte das vezes sem curso superior, eles contam que eram chamados na organização de "ativadores". Como Empreendedores São capazes de Construir Um Aplicativo Em 10 Passos de profissionais mais graduados uma "ficha técnica" e perfis prontos do que chamavam de "personas".</p>
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<p>Continham foto, nome e história de qualquer um - de onde era, se era casado, se tinha filhos e quais eram seus gostos, hobbies e profissão. Eles teriam de "ativar" o perfil, alimentando e dando prosseguimento à história criada, mesclando publicações sobre tua rotina com postagens apoiando políticos. 800 mensais quando começava a trabalhar na empresa. Imagens eram retiradas de bancos de imagens, roubadas de sites de notícias e de perfis existentes.</p>
<p>A BBC Jornalista Vence Depressão, Perde vinte Kg E Detona Gordura Das Pernas Adotando 1 Vício identificou, por meio de busca em ferramenta de busca, a origem de muitas dessas imagens. Uma delas pertencia a uma jovem vítima de assassinato cuja foto havia sido publicada em um automóvel de imprensa ambiente. Outras imagens eram manipuladas digitalmente, o que dificulta o rastreamento de tua origem. A corporação, segundo os entrevistados, fornecia chips de smartphone para autenticar perfis em redes sociais. A parte "robô", ou semiautomatizada, não era sofisticada. 258 mensais para que três usuários operem 20 perfis em redes sociais ao mesmo tempo).</p>
<p>Agendavam publicações que falavam a respeito da rotina do protagonista e algumas mais genéricas, como "excelente dia", "vou almoçar", "sensacional noite", "estou cansado", "dia exaustivo", entre novas postagens semelhantes, pra ceder a impressão de que se tratavam de perfis reais. Alguns "ativadores" passavam o dia fazendo isso, relatam. Outros se dedicavam a programar publicações para a semana inteira e ficavam de olho pra eventuais interações que tinham de fazer, como responder a mensagens de perfis reais. Perfis falsos criam "reputação" e parecem ser legítimos adicionando pessoas aleatórias com o intuito de colecionar amigos reais.</p>